segunda-feira, 20 de agosto de 2007

AMAR


Ao analisar gramaticalmente o verbo amar chegaríamos a um consenso (lembrando as aulas de português!) de que se trata de um verbo transitivo direto, ou seja (como minha tia fala: quem ama, ama alguém ou alguma coisa!).
É um verbo que exige diversas coisas para se completar, ou seja, um objeto, um motivo, uma causa!
Algo que lhe de um objetivo de existir! Ele não somente existe! Ele PRECISA de algo/alguém que lhe dê razão e lhe dê sentido de existência! Sem isso ele estaria, sem duvida, predestinado ao esquecimento ou a inutilidade!
E não digo isso somente levando em conta a escrita, mas também a fonética pois tanto em um quanto em outro ele precisa, necessita de uma coisa a mais! Já que se levarmos em consideração que (lembrando a professora!) o conjugarmos sem o dito objeto direto (razão) alem de ficar sem sentido (como que pairando no ar uma pergunta!) o nosso crescimento psico/sócio/cultural não existiria!
A grande “sacada” atual quanto a este assunto, é que ao falarmos de amor se tornou tão banal... uma facilidade assustadora... praticamente sem tamanho... O amor acabou virando rima pobre de música, fala em azaração e desculpa para assassinatos e “otras cositas mas” enfim, perdeu o sentido...Por motivos, talvez diversos, como: evolução da sociedade(?), mudança de criação, liberação sexual, sei lá!
Tenho um amigo que (por opção própria!) decidiu não casar... e por ele também, não teria filhos, ele se diz incapaz de amar uma única pessoa ao mesmo tempo... (talvez seja natureza dele, não sei!?) mas, ele diz uma coisa que chega a fazer pensar... “assim como somos seres mutantes e não constantes, não somos como uma caixinha que só cabe um única coisa uma unica tampa! Ou seja, não somos só capazes de amar uma única pessoa, não somos caixas! não nos identificamos/encaixamos em uma única pessoa! Somos pessoas e como pessoas devemos trocar experiências...”. Pode até fazer pensar! mas será que não se torna desculpa, para uma esbórnia???? Discutimos muito sobre isso...
O que me faz lembrar o titulo do livro do Drummond: “Amar se aprende amando” esse titulo foi usado por Kate Weiss em um poema, numa homenagem ao poeta acima:

"Amar se aprende amando",
já dizia o poeta,
se não começas, vai ficando,
tal qual iniciar dieta.

Medo de aprender não tenhas,
pois amor é coisa boa,
mesmo que manter não venhas,
amar nunca é coisa à toa.

"Amar se aprende amando",
siga a lição completa,
dar carinho, respeitando,
esta é a palavra secreta.

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