terça-feira, 31 de março de 2009

Pedidos Para o mes corrente...


Oração do Dia

Senhor, livrai-me da mediocridade!
Se eu não puder ser grande, fazei com que eu seja nada.
Medíocre não...

in quelque chose.

segunda-feira, 30 de março de 2009


"Todas as palavras tomadas literalmente são falsas. A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras. Prestar atenção ao que não foi dito, ler as entrelinhas. A atenção flutua: toca as palavras sem ser por elas enfeitiçada. Cuidado com a sedução da clareza! Cuidado com o engano do óbvio!"

sábado, 28 de março de 2009

Frank Zappa








"Droga não é o mal.
A droga é um composto químico.
O problema começa quando
pessoas tomam drogas
como se fosse uma licença
para poderem agir...
como babacas."

sexta-feira, 27 de março de 2009


"A paixão é emoção gratuita. Não há causas que a expliquem. Mas, quando acontece, ela age como uma artista: da paixão surgem cenas de beleza. Os amantes se imaginam andando de mãos dadas por campos floridos; abraçados numa rede; silenciosos, diante do fogo da lareira; contemplando o rosto de um nenezinho adormecido... Paisagens de paixão."

quinta-feira, 26 de março de 2009

Frase

quarta-feira, 18 de março de 2009


"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles."

terça-feira, 17 de março de 2009

Velho Tema, a Saudade




Quem não a canta? Quem? Quem não a canta e sente?
-Chama que já passou mas que assim mesmo é chama…
A Saudade, eu a sinto infinda, confidente.
Que de longe me acena e me fascina e chama…

Mágoa de todo o mundo e que tem toda gente:
Uns sorrisos de mãe… uns sorrisos de dama…
Um segredo de amor que se desfaz e mente…
Quem não os teve? Quem? Quem não os teve e os ama?

Olhos postos ao léu, altívagos, à toa,
Quantas vezes tu mesmo, a cismar, de repente
Te ficaste gozando uma saudade boa?

Se vês que em teu passado uma saudade adeja,
-Faze que uma saudade a ti seja o presente!
-Faze que tua morte uma saudade seja!

de Jorge de Lima

segunda-feira, 16 de março de 2009

para pensar....


O mundo recompensa com mais frequência as aparências do mérito do que o próprio mérito.

sem comentarios................

domingo, 15 de março de 2009

para pensar....

sábado, 14 de março de 2009

Poesia Matemática



Às folhas tantas
Do livro matemático
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base,
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo otogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela
Até que se encontraram
No Infinito.
“Quem és tu?” indagou ele
Com ânsia radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs -
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas sinoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
Muito engraçadinhos
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Freqüentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade. Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.
Mas foi então que o Einstein descobriu a Relatividade
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade
Como, aliás, em qualquer
Sociedade.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Haikais




Há colcha mais dura
que a lousa
da sepultura?

Na poça da rua
O vira-lata
Lambe a Lua.

Com que habilidade
Você estraga
Qualquer felicidade!


Nos dias quotidianos
É que se passam
Os anos.

O desenvolvimento cerebral
Nunca se compara
Ao abdominal.

Não é segredo.
Somos feitos de pó, vaidade,
E muito medo.

No falecimento
Lenço grande demais
Pro sentimento.

Eremita, me afundo
No deserto, pra ser
O centro do mundo.

Esnobar
É exigir café fervendo
E deixar esfriar.

Aniversário é uma festa
Pra te lembrar
Do que resta.

Olha,
Entre um pingo e outro
A chuva não molha.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Inconsolavelmente




E desfolhou-se a flor. Tombam as folhas,
Rolam no chão, dispersas, como bolhas
De água, sem que as apanhes ou recolhas,
Sem teres tempo de as colher na mão.

Frias, brancas, translúcidas, partidas,
Aquelas trinta pétalas queridas,
Soltas na viração das avenidas,
Noivas, virgens defuntas, lá se vão.

E choraste, em silêncio, amargamente.
Mal conheceras essa Irmã dolente,
Mas por ela sofreste em teu amor.

Sem ter consolo a mágoa que sentiste,
Ficaste, poeta, para sempre, triste,
Apiedado da sorte de uma flor.

de Martins Fontes

quarta-feira, 11 de março de 2009

Entre O Sono E Sonho




Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.

Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre -
Esse rio sem fim.

In- Cancioneiro

terça-feira, 10 de março de 2009

para pensar....


"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar."

Imagem: Carla Freitas

segunda-feira, 9 de março de 2009

Fio d’Água



”Não quero ser o grande rio caudaloso
Que figura nos mapas.

Quero ser o cristalino fio d’água
Que canta e murmura na mata silenciosa.”


Helena Kolody
(in Sinfonia da Vida, Pólo Ed. do PR, 1997, p.28 e 29)

domingo, 8 de março de 2009

amor escondido


Quando se tem um amor escondido
Querendo aflorar
É se guardar um rio perdido
Que não encontra o mar
Mas brilha tanto cada sorriso
E brilha mais que o olhar
Quando o desejo é claro e preciso
Quem pode ocultar
Tento esquecer te digo baixinho
Não sei se vou voltar
Mas nada prende mais que um carinho
Já vou te procurar
Vai pensamento voa no vento
Vai bem depressa corre pra lá
Conta pra ela meu sofrimento
Diga pra me esperar
Se passo o dia sem seu carinho
Me sinto sufocar
Pássaro mudo longe do ninho
Sem força pra voar
(Fagner)

sábado, 7 de março de 2009

Este Inferno de Amar



Este inferno de amar - como eu amo! -
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando, ai, quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… - foi um sonho -
Em paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar…
Quem me veio, ai de mim, despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei… dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei…

sexta-feira, 6 de março de 2009


“É mais fácil amar o retrato. Eu já disse que o que se ama é a ‘cena’. ‘Cena’ é um quadro belo e comovente que existe na alma antes de qualquer experiência amorosa. A busca amorosa é a busca da pessoa que, se achada, irá completar a cena. Antes de te conhecer eu já te amava.... E então, inesperadamente, nos encontramos com rosto que já conhecíamos antes de o conhecer. E somos então possuídos pela certeza absoluta de haver encontrado o que procurávamos. A cena está completa. Estamos apaixonados”.


...estamos apaixonados e finalmente sentimos borboletas no estomago... Bruzudunga

quinta-feira, 5 de março de 2009

Da saudade


saudade
não é coisa
que fica no peito,
nos membros,
ou no músculo.

saudade é simplesmente:

o nada,
quando se disfarça
de tudo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Saudade



Infeliz de quem vive sem saudade,
Do agridoce pungir alheio às penas,
Sem lembranças de amor e de amizade,
Hoje vivendo o dia de hoje, apenas.

Triste de ti, ancião, que te condenas
A mole insipidez da ancianidade
E não revives na memória as cenas
De prazer e de dor da mocidade!

Ter saudade é viver passadas vidas,
Percorrendo paragens preferidas,
Ouvindo vozes que se têm de cor.

Sonha-se… E em sonho, como por encanto,
A dor que nos doeu já não dói tanto,
Gozo que foi é gozo inda maior.

segunda-feira, 2 de março de 2009


A alma é uma coleção de belos quadros adormecidos, os seus rostos envolvidos pela sombra. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez por outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz, ou uma maneira de olhar, ou um jeito da mão...) que, sem razões, faz a bela cena acordar. E somos possuídos pela certeza de que este rosto que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro, está escondido pela sombra. O corpo estremece. Está apaixonado. Acontece, entretanto, que não existe coisa alguma que seja do tamanho do nosso amor. A nossa fome de beleza é grande demais.(...)Cedo ou tarde descobrirá que o rosto não é aquele. E a bela cena retornará à sua condição de sonho impossível da alma. E só restará a ela alimentar-se da nostalgia que rosto algum poderá satisfazer...

domingo, 1 de março de 2009

Il grande rischio



Ridere è correre il rischio di sembrare sciocco.
Piangere è correre il rischio de sembrare sentimentale.
Stendere la mano è corrre il rischio de coinvolgersi.
Esternare i tuoi sentimenti è correre il rischio di mostrare il tuo vero "ego".
Difendere i tuoi sogni e idee davanti alla folla è correre il rischio di perder le persone.
Amare è correre il rischio de non essere corrisposto.
Vivere è correre il rischio di morire.
Confidare è correre il rischio di essere delusi.
Tentare è correre il rischio de falire.
Ma dobbiamo correre i rischi perchè il maggior pericolo è non rischiari nulla.
Ci sono persone che non corrono alcun rischio, non fanno nulla, non hanno nulla e non sono nulla.
Esse possono anche evitare patimenti e desillusioni, ma non realizzano nulla, non cambiano, non crescono, non amano, non vivono.
Incatenati alle loro attitudini, esse diventano schiave, si privano della loro libertá.
Solamente la persone che corre rischi è libera!
Per questo, non evitare il rischio!

Pra quem "curte" traducoes...
" Rir é correr o risco de assemelhar-se tolo./ Chorar é correr o risco de assemelhar-se sentimental. / Estender a mão é correr o risco de se envolver/ Externar teus sentimentos é correr o risco de mostrares teu verdadeiro eu./ Defender teus sonhos e idéias diante de todos é correr o risco de perder as pessoas./ Amar é correr o risco de não ser correspondido./ Viver é correr o risco de morrer./ Confiar é correr o risco de se decepcionar./ Tentar é correr o risco de falhar./ Mas devemos correr o risco pois o maior perigo é não se arriscar nunca./ Há pessoas que não correm algum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada./ Elas podem até evitar padecimento e desilusão, mas não realizam nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem./ Encadeadas a suas atitudes, elas permanecem escravas, se privam de sua liberdade./ Somente a pessoa que corre risco é livre./ Por isso não evite o risco./"


Imagem: Burning inside de Meugnin.