sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Ausente


Amiga, infinitamente amiga
Em algum lugar teu coração bate por mim
Em algum lugar teus olhos se fecham à idéia dos meus.
Em algum lugar tuas mãos se crispam, teus seios
Se enchem de leite, tu desfaleces e caminhas
Como que cega ao meu encontro...
Amiga, última doçura
A tranqüilidade suavizou a minha pele
E os meus cabelos. Só meu ventre
Te espera, cheio de raízes e de sombras.
Vem, amiga
Minha nudez é absoluta
Meus olhos são espelhos para o teu desejo
E meu peito é tábua de suplícios
Vem. Meus músculos estão doces para os teus dentes
E áspera é minha barba. Vem mergulhar em mim
Como no mar, vem nadar em mim como no mar
Vem te afogar em mim, amiga minha
Em mim como no mar..

Trilhões de coisas ao mesmo tempo pra fazer (não é hiperbole! JURO!)...
Amigos que não vejo, palavras por dizer...OU seja: o tempo não me é amigo!
E com relação ao poema, é para aquele que é meu amigo amado. Aquele que, por várias noites, me afasta de Morpheu, trazendo o desejo de repousar apenas nos teus braços ...

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