sábado, 15 de novembro de 2008

Poemas do Irremediavel (XXVIII)


Não só duas vezes,

muito mais é certo

eu fui enganado.



Ausência de voz,

ausência de gesto

do ser esperado...



Nenhum desespero

marcou minha face,

diante do fado.



Sozinho ficava

aparentemente

frio, inalterado.



Sem ter companhia

eu me libertava

de todo pecado.



Podia, sem susto,

olhar para dentro,

livre, despojado,



sem remorsos, sem

o arrependimento

do ato realizado...

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