segunda-feira, 3 de maio de 2010
Mágoa
Eu que cheguei a ter essa alegria
de junto ao meu possuir teu coração!
Eu que julgava eterna a duração
do volutuoso amor que nos unia,
sou - apagada a última ilusão,
morto o deslumbramento em que vivia,
- um cego que ao lembrar a luz do dia
sente mais negra ainda a escuridão.
Tu me deste a ventura mais perfeita,
perdi-a e dei-te a chama insastisfeita
dessa imensa paixão com que te quis...
Hoje, o que eu sinto, inútil, revoltada,
não é mágoa de ser desgraçada,
- é pena de ter sido tão feliz.
Marcadores:
Vigínia Victorino
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário