sexta-feira, 31 de agosto de 2007
AMANTES
não há amor que resista
a um tanque cheio de roupa
para lavar
nem à louça do almoço
ainda empilhada na pia
na hora do jantar
não há amor que dê certo
com um bando de crianças
chorando por perto
não há amor sem mágoa
se desligam a luz
ou cortam a água
não há futuro no amor
se bate a porta o cobrador
não há emoção que permaneça
momento inesquecível
que não se esqueça
não há amor que sempre dure
por mais que se prometa
ou
jure
amantes não deviam comer
nem beber
amantes não deviam viver
só amar e sonhar
amantes não deviam acordar
Sílvio Ribeiro de Castro
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